Foto: ADRIANO MACHADO -
"Temos agora uma perspectiva concreta de, antes do recesso, termos a apreciação e aprovação desses dos dois temas e tirarmos esses dois temas do rol das nossas necessidades e prioridades de solução, para que possamos avançar em outras pautas propositivas para o Brasil", disse.
Segundo Pacheco, as propostas para compensar a desoneração da folha envolvem programas de repatriação de recursos no exterior, de atualização de ativos e de equacionamento de multas em agĂȘncias reguladoras. "SerĂĄ um programa do tipo Desenrola para poder regularizar aqueles que tĂȘm dĂvidas nessas agĂȘncias reguladoras e que possam possam ter um estĂmulo para o pagamento com redução de multas e juros sobre essas obrigações."Além disso, segundo Pacheco, a taxação das compras internacionais de até US$ 50, que foi aprovada no Congresso e espera sanção do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva, também pode ser uma fonte de arrecadação considerada para a compensação da desoneração.
"HĂĄ uma convicção hoje de nossa parte e do Ministério da Fazenda de que a questão da desoneração da folha de pagamento, tanto dos municĂpios quanto dos 17 setores, estarĂĄ equacionada com essas fontes de compensação", disse Pacheco.
O presidente do Senado também fechou com o governo a proposta para renegociação das dĂvidas dos estados, que prevĂȘ a possibilidade de que os ativos dos estados possam ser usados para a amortização e pagamento da dĂvida com a União. Também deverĂĄ haver a redução do indexador de juros, hoje estabelecida no Ăndice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 4%.
Pela proposta, esses 4% poderão ser transformados em prĂȘmios pelos ativos entregues e também podem ser substituĂdos por investimentos nos estados, especialmente em educação, infraestrutura e segurança pĂșblica. "Ou seja, ao invés de pagar juros para a União, os estados endividados se comprometem em investimentos como contrapartida da redução do indexador", explicou Pacheco.