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Senado pode votar dívida dos estados e desoneração antes do recesso

Por Panoramams em 25/06/2024 às 20:02:30

Foto: ADRIANO MACHADO -

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) disse nesta terça-feira (25) que a ĂĄrea econômica do governo e o Congresso Nacional chegaram a um acordo sobre as medidas para compensar a perda de receitas com a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia e para pequenos municĂ­pios e sobre a proposta para renegociação da dĂ­vida dos estados. Segundo ele, é possĂ­vel aprovar os dois temas antes do inĂ­cio do recesso parlamentar, marcado para dia 18 de julho.

"Temos agora uma perspectiva concreta de, antes do recesso, termos a apreciação e aprovação desses dos dois temas e tirarmos esses dois temas do rol das nossas necessidades e prioridades de solução, para que possamos avançar em outras pautas propositivas para o Brasil", disse.

Segundo Pacheco, as propostas para compensar a desoneração da folha envolvem programas de repatriação de recursos no exterior, de atualização de ativos e de equacionamento de multas em agĂȘncias reguladoras. "SerĂĄ um programa do tipo Desenrola para poder regularizar aqueles que tĂȘm dĂ­vidas nessas agĂȘncias reguladoras e que possam possam ter um estĂ­mulo para o pagamento com redução de multas e juros sobre essas obrigações."

Além disso, segundo Pacheco, a taxação das compras internacionais de até US$ 50, que foi aprovada no Congresso e espera sanção do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva, também pode ser uma fonte de arrecadação considerada para a compensação da desoneração.

"HĂĄ uma convicção hoje de nossa parte e do Ministério da Fazenda de que a questão da desoneração da folha de pagamento, tanto dos municĂ­pios quanto dos 17 setores, estarĂĄ equacionada com essas fontes de compensação", disse Pacheco.

DĂ­vidas dos estados

O presidente do Senado também fechou com o governo a proposta para renegociação das dĂ­vidas dos estados, que prevĂȘ a possibilidade de que os ativos dos estados possam ser usados para a amortização e pagamento da dĂ­vida com a União. Também deverĂĄ haver a redução do indexador de juros, hoje estabelecida no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 4%.

Pela proposta, esses 4% poderão ser transformados em prĂȘmios pelos ativos entregues e também podem ser substituĂ­dos por investimentos nos estados, especialmente em educação, infraestrutura e segurança pĂșblica. "Ou seja, ao invés de pagar juros para a União, os estados endividados se comprometem em investimentos como contrapartida da redução do indexador", explicou Pacheco.

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