Foto: Jonas Pereira - Senado Federal do Brasil
O projeto foi aprovado com uma emenda que prevĂȘ taxação de produtos importados até US$ 50, que foi incluĂda na Câmara dos Deputados, para onde o texto voltarĂĄ para ser analisado novamente, após mudanças no conteĂșdo. A mudança abrange grandes empresas varejistas internacionais que vendem pela internet, como Shopee, AliExpress e Shein.
A emenda que prevĂȘ a taxa sobre as importações havia sido retirada do projeto pelo relator da proposta no Senado, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), argumentando tratar-se de tema "estranho" ao conteĂșdo principal do projeto de lei. No entanto, os senadores votaram pela manutenção da taxação no projeto de lei.Foram excluĂdos do texto outros conteĂșdos estranhos ao tema inicial que haviam sido incluĂdos pela Câmara. Um deles é o que incluĂa na lei a exigĂȘncia de uso de conteĂșdo local na exploração e escoamento de petróleo e gĂĄs. Outro trecho excluĂdo pelo relator tratava de incentivos para a produção nacional de bicicletas.
Pela legislação atual, produtos importados abaixo de US$ 50 (cerca de R$ 255) são isentos de imposto de importação. O relator do projeto na Câmara, deputado Átila Lira (PP-PI), incluiu a taxação de 20% de imposto sobre essas compras internacionais.
Compras dentro desse limite são muito comuns em sites de varejistas estrangeiros, notadamente do sudeste AsiĂĄtico, como Shopee, AliExpress e Shein. Os varejistas brasileiros pedem a taxação dessas compras, afirmando que, sem o tributo, a concorrĂȘncia fica desleal.
O programa incentiva a descarbonização da indĂșstria de veĂculos, inclui limites mĂnimos de reciclagem na fabricação e cobra menos imposto de quem polui menos, criando o IPI Verde.
Para que tenham acesso aos incentivos, as empresas devem ter projetos aprovados pelo Ministério do Desenvolvimento, IndĂșstria, Comércio e Serviços (MDIC) e aplicar percentuais mĂnimos da receita bruta com bens e serviços automotivos na pesquisa e no desenvolvimento de soluções alinhadas à descarbonização e à incorporação de tecnologias assistivas nos veĂculos (que tenham como objetivo facilitar o uso para pessoas com deficiĂȘncia ou com mobilidade reduzida).
A redução do IPI e habilitação dos projetos das indĂșstrias e montadoras do setor para acessar os incentivos financeiros jĂĄ foram regulamentados em um decreto presidencial e em uma portaria do MDIC. Os incentivos, segundo o governo, estão orçados em R$ 3,5 bilhões para 2024 e somam R$ 19,3 bilhões em cinco anos. A expectativa é de que o Brasil possa passar a produzir, por exemplo, os componentes de veĂculos elétricos, que atualmente são importados.
*Com informações da AgĂȘncia Senado