Foto: Enfoque MS
Autor do crime seria namorado da vítima. Ele foi detido por populares e entregue à Polícia Militar
Na tarde deste sábado (1Âș), um crime bárbaro chocou os moradores do bairro Aero Rancho, em Campo Grande. Uma dentista, identificada como sendo Giseli Cristina Oliskowiski, de 39 anos, foi vítima de possível feminicídio em uma residência localizada na Rua Filipinas. Caso confirme, será o sexto crime neste ano, em Mato Grosso do Sul.
De acordo com informações preliminares, o suspeito teria matado a vítima a pedradas, jogado seu corpo em um poço e ateado fogo. A Polícia Militar foi acionada e encontrou o corpo carbonizado no local.
O autor do crime foi detido por populares, que impediram sua fuga e acionaram as autoridades. A rápida ação dos moradores foi fundamental para que o suspeito não escapasse.
As autoridades confirmaram o feminicídio e iniciaram as investigações para esclarecer as circunstâncias do crime. A identidade do autor ainda não foi divulgado.
O primeiro feminicídio do ano aconteceu no dia 1Âș de fevereiro, em Caarapó, quando o ex-companheiro de Karin Corin, de 29 anos, atirou contra a jovem. Ele também matou a amiga de Karina, Aline Rodrigues, de 32 anos, que estava na loja onde as duas foram atacadas pelo homem. Após, cometeu suicídio.
O segundo foi a indígena Juliana Dominguez, de 28 anos, morta a golpes de foice durante a noite do dia 18 de fevereiro. O principal suspeito de cometer o crime é o companheiro da jovem, que fugiu após o crime, mas acabou preso no dia seguinte em uma ação conjunta da Polícia Civil, através do Setor de Investigações Gerais (SIG) de Dourados, Delegacia de Polícia de Caarapó, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O terceiro caso é o da jornalista e criadora de conteúdo, Vanessa Ricarte, de 42 anos. Ela foi brutalmente atacada pelo ex-noivo, Caio Nascimento, no dia 12 de fevereiro. A morte de Vanessa resultou em discussões sobre a reformulação da rede de atendimento às mulheres vítimas de violência. A jornalista foi morta hora após pedir medida de proteção contra o ex-noivo.
Já o quarto caso ocorreu no dia 22 de fevereiro, quando a jovem Mirieli Santos, de 26 anos, foi baleada pelo ex-marido, em Água Clara. O suspeito chegou a levar a mulher ao hospital, mas fugiu. A defesa do homem alega que o tiro foi acidental.
O último feminicídio ocorreu no dia 24 de fevereiro, quando o corpo de Emiliana Mendes, de 65 anos, foi encontrado em uma quitinete na cidade de Juti. Ela teria sido arrastado pelo autor do crime até o local, na tentativa de forjar morte natural. Contudo, a suspeita é a de que a mulher foi esganada em um terreno baldio entre a noite de ontem e a madrugada desta quarta-feira. O homem, que não teve a identidade revelada, foi localizado na BR-163 e preso em flagrante.