Foto: Enfoque MS
Não é por idade, não é por classe social, não é por raça. A tragédia da violĂȘncia e homicidio contra mulheres em Mato grosso do Sul, estĂĄ se alastrando em menos de dois meses de 2025, que jĂĄ contabiliza o quinto Feminicidio (veja abaixo os demais crimes). Na manhã desta segunda-feira (24), até uma idosa de 65 abos, foi morta por um homem, de 35 anos, no municĂpio de Juti, a 311 KM de Campo Grande,
A mulher, identificada como Emiliana Mendesm foi morta enforcada e teve o corpo arrastado pelo homem, que após o crime fugiu, mas felizmente, o então suspeito foi preso em flagrante caminhando às margens da BR-163, algumas horas depois do crime de gĂȘnero.
Segundo publicado por imprensa da região, o suspeito disse à polĂcia que a idosa queria manter relações sexuais com ele e o mesmo se negou. Em seguida, ele teria enforcado a idosa até a morte. Emiliana asfixiada pelo enforcamento, foi então arrastada pelo homem para sua casa, a cerca de 100 metros até um pequeno imóvel. No lcoal ele a colocou em cima de um colchão.
O delegado da PC-MS, Leandro Santiago, aponta que o corpo levado até a casa, seria para simular uma morte sem crime. Mas, que ainda não se sabe o motivo real."Acredita-se na hipótese, que o ainda suspeito, arrastou o corpo, para simular uma morte natural. O motivo do provĂĄvel feminicĂdio, ainda não se sabe. O caso serĂĄ ou jĂĄ segue em investigação", disse o delegado.
FUGA
O titular da delegacia local, disse que depois, foi informado que o homem iria ou estaria fugindo, onde trocou de roupas e seguiu caminhando pela BR-163, sentido ao municĂpio de Caarapó.
Diante das informações, a PolĂcia Civil foi acionada, mobilizou as equipes de Juti e Caarapó e localizou o suspeito caminhando às margens da rodovia. Logo que foi abordado, ele confessou o crime e foi preso em flagrante por feminicĂdio.
A idosa é a 5ÂȘ vĂtima de feminicĂdio neste ano de 2025 em Mato Grosso do Sul. Antes dela, Karina Corim, a jornalista Vanessa Ricarte, Juliana Domingues e Mirielle Santos foram assassinadas. Os crimes ocorreram em Caarapó, Campo Grande, na comunidade indĂgena Nhu Porã, de Ponta Porã, e, o então Ășltimo foi em Água Clara.
Segundo informações do registro policial, Mirielle e o ex-companheiro estavam em um quarto quando testemunhas ouviram os tiros. Depois disso, o irmão da vĂtima entrou na casa e encontrou a mulher ferida.
Ele contou à polĂcia que levou a irmã para o carro do suspeito e eles seguiram para o hospital da cidade. Em seguida, o acusado fugiu e deixou a caminhonete no local.
Em diligĂȘncias na casa do acusado, policiais encontraram um pote plĂĄstico com vĂĄrias munições de calibre .22 intactas. JĂĄ no quarto onde ocorreu o crime, foi encontrado um revólver calibre .38 municiado com seis cartuchos, sendo trĂȘs deflagrados e os demais intactos.
Karina Corim, ferida a tiros na cabeça pelo ex-marido, morreu no Hospital da Vida, em Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande, na madrugada do dia 4 deste mĂȘs. A amiga de Karina, Aline Rodrigues, de 30 anos, também morreu. Este foi o 1Âș feminicĂdio de 2025 no Estado.
A mulher estava internada no hospital desde o fim de semana depois de Renan Dantas Valenzuela, de 31 anos, ir até o estabelecimento onde estava Karina e atirar contra ela e a amiga, em Caarapó, cidade a 276 quilômetros de Campo Grande.
Renan ainda colocou fogo na loja e depois atirou contra a própria cabeça, morrendo no local. Ele usou a arma do pai, que é policial militar, para cometer o crime. Renan não aceitava o fim do relacionamento.
A jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, servidora pĂșblica que trabalhava no MPT-MS (Ministério PĂșblico do Trabalho em Mato Grosso do Sul) morreu na Santa Casa de Campo Grande na noite do dia 12 deste mĂȘs, vĂtima de feminicĂdio.
Ela foi esfaqueada em casa, no bairro São Francisco, pelo ex-noivo, o mĂșsico Caio Nascimento, que foi preso em flagrante logo após o crime. Vanessa foi esfaqueada trĂȘs vezes na região do tórax e depois levada em estado gravĂssimo à Santa Casa, onde veio a óbito.
Juliana Domingues, moradora da comunidade indĂgena Nhu Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande, foi assassinada a golpes de foice, às margens da rodovia BR-163, na noite da Ășltima terça-feira (18).
Juliana foi assassinada após uma discussão com o companheiro, Wilson Garcia, de 28 anos. O crime aconteceu na frente do filho da vĂtima, um menino de apenas 8 anos.
Wilson fugiu logo após o crime para a aldeia TeykuĂȘ, em Caarapó, mas foi preso logo depois. À polĂcia, ele alegou que foi agredido pela mulher antes do crime.