TRANSVERSAL MARCO

5º feminicídio em MS matou até uma idosa enforcada nesta segunda-feira

Por Redação em 24/02/2025 às 16:37:35

Foto: Enfoque MS

Não é por idade, não é por classe social, não é por raça. A tragédia da violĂȘncia e homicidio contra mulheres em Mato grosso do Sul, estĂĄ se alastrando em menos de dois meses de 2025, que jĂĄ contabiliza o quinto Feminicidio (veja abaixo os demais crimes). Na manhã desta segunda-feira (24), até uma idosa de 65 abos, foi morta por um homem, de 35 anos, no municĂ­pio de Juti, a 311 KM de Campo Grande,

A mulher, identificada como Emiliana Mendesm foi morta enforcada e teve o corpo arrastado pelo homem, que após o crime fugiu, mas felizmente, o então suspeito foi preso em flagrante caminhando às margens da BR-163, algumas horas depois do crime de gĂȘnero.

Segundo publicado por imprensa da região, o suspeito disse à polĂ­cia que a idosa queria manter relações sexuais com ele e o mesmo se negou. Em seguida, ele teria enforcado a idosa até a morte. Emiliana asfixiada pelo enforcamento, foi então arrastada pelo homem para sua casa, a cerca de 100 metros até um pequeno imóvel. No lcoal ele a colocou em cima de um colchão.

O delegado da PC-MS, Leandro Santiago, aponta que o corpo levado até a casa, seria para simular uma morte sem crime. Mas, que ainda não se sabe o motivo real."Acredita-se na hipótese, que o ainda suspeito, arrastou o corpo, para simular uma morte natural. O motivo do provĂĄvel feminicĂ­dio, ainda não se sabe. O caso serĂĄ ou jĂĄ segue em investigação", disse o delegado.

FUGA

O titular da delegacia local, disse que depois, foi informado que o homem iria ou estaria fugindo, onde trocou de roupas e seguiu caminhando pela BR-163, sentido ao municĂ­pio de Caarapó.

Diante das informações, a PolĂ­cia Civil foi acionada, mobilizou as equipes de Juti e Caarapó e localizou o suspeito caminhando às margens da rodovia. Logo que foi abordado, ele confessou o crime e foi preso em flagrante por feminicĂ­dio.

Idosa é a 5ÂȘ vĂ­tima de feminicĂ­dio em MS em 2025

A idosa é a 5ÂȘ vĂ­tima de feminicĂ­dio neste ano de 2025 em Mato Grosso do Sul. Antes dela, Karina Corim, a jornalista Vanessa Ricarte, Juliana Domingues e Mirielle Santos foram assassinadas. Os crimes ocorreram em Caarapó, Campo Grande, na comunidade indĂ­gena Nhu Porã, de Ponta Porã, e, o então Ășltimo foi em Água Clara.

  • Mirielle foi morta pelo ex-marido em Água Clara no Ășltimo sĂĄbado (22)

Segundo informações do registro policial, Mirielle e o ex-companheiro estavam em um quarto quando testemunhas ouviram os tiros. Depois disso, o irmão da vĂ­tima entrou na casa e encontrou a mulher ferida.

Ele contou à polĂ­cia que levou a irmã para o carro do suspeito e eles seguiram para o hospital da cidade. Em seguida, o acusado fugiu e deixou a caminhonete no local.

Em diligĂȘncias na casa do acusado, policiais encontraram um pote plĂĄstico com vĂĄrias munições de calibre .22 intactas. JĂĄ no quarto onde ocorreu o crime, foi encontrado um revólver calibre .38 municiado com seis cartuchos, sendo trĂȘs deflagrados e os demais intactos.

  • Karina foi assassinada pelo ex-marido que tirou a própria vida em Caarapó

Karina Corim, ferida a tiros na cabeça pelo ex-marido, morreu no Hospital da Vida, em Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande, na madrugada do dia 4 deste mĂȘs. A amiga de Karina, Aline Rodrigues, de 30 anos, também morreu. Este foi o 1Âș feminicĂ­dio de 2025 no Estado.

A mulher estava internada no hospital desde o fim de semana depois de Renan Dantas Valenzuela, de 31 anos, ir até o estabelecimento onde estava Karina e atirar contra ela e a amiga, em Caarapó, cidade a 276 quilômetros de Campo Grande.

Renan ainda colocou fogo na loja e depois atirou contra a própria cabeça, morrendo no local. Ele usou a arma do pai, que é policial militar, para cometer o crime. Renan não aceitava o fim do relacionamento.

  • Jornalista Vanessa Ricarte foi morta pelo ex-noivo

A jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, servidora pĂșblica que trabalhava no MPT-MS (Ministério PĂșblico do Trabalho em Mato Grosso do Sul) morreu na Santa Casa de Campo Grande na noite do dia 12 deste mĂȘs, vĂ­tima de feminicĂ­dio.

Ela foi esfaqueada em casa, no bairro São Francisco, pelo ex-noivo, o mĂșsico Caio Nascimento, que foi preso em flagrante logo após o crime. Vanessa foi esfaqueada trĂȘs vezes na região do tórax e depois levada em estado gravĂ­ssimo à Santa Casa, onde veio a óbito.

  • Juliana foi assassinada com golpes de foice em comunidade indĂ­gena

Juliana Domingues, moradora da comunidade indĂ­gena Nhu Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande, foi assassinada a golpes de foice, às margens da rodovia BR-163, na noite da Ășltima terça-feira (18).

Juliana foi assassinada após uma discussão com o companheiro, Wilson Garcia, de 28 anos. O crime aconteceu na frente do filho da vĂ­tima, um menino de apenas 8 anos.

Wilson fugiu logo após o crime para a aldeia TeykuĂȘ, em Caarapó, mas foi preso logo depois. À polĂ­cia, ele alegou que foi agredido pela mulher antes do crime.

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