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Sanctus: Quadrilha de irmãos traficantes de MS exportava cocaína em colchões

A PF-MS (Polícia Federal em MS), revelou nesta terça-feira (6), que descobriu que uma organização criminosa investigada no âmbito da Operação Sanctus, aberta em dezembro de 2023, usava colchões para esconder drogas destinada a ‘exportação’, enviadas ao exterior.

Por Panoramams em 07/02/2024 às 10:18:29

Foto: Reprodução internet

A PF-MS (Polícia Federal em MS), revelou nesta terça-feira (6), que descobriu que uma organização criminosa investigada no âmbito da Operação Sanctus, aberta em dezembro de 2023, usava colchões para esconder drogas destinada a ‘exportação’, enviadas ao exterior. O produto que seria, principalmente, a cocaína, saía da fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul. A quadrilha estava instalada no município de Dourados, segundo maior de MS, na região Sul-fronteira do Estado.

Veja abaixo, que o grupo de MS tinha apoio ou participava de facção criminosa do Rio de Janeiro, que dava o suporte para embarcar o entorpecente para o exterior. A cocaína, primeiro era escondida em pneus de caminhões, indo até ser descarregada em barracão da quadrilha em Maricá, no Rio de Janeiro e depois acondicionada no interior de colchões, despachados de navio para outros países.

Conforme a PF-MS, da fronteira com o Paraguai até o Rio de Janeiro, a remessa era feita pela organização chefiada pelos irmãos Hermógenes Aparecido Mendes Filho, 49 anos, que foi preso, e, Ronaldo Mendes Nunes, 40 anos, que conseguiu fugir.

Segundo a PF, o patrimônio deles veio do tráfico.. “Oriundos de Coronel Sapucaia, os irmãos se instalaram em Dourados, há pouco mais de uma década. Na maior cidade do interior, se tornaram donos de várias empresas e imóveis rurais e urbanos”, registrou a PF.

De MS ao CV no Rio

As investigações da PF apontam que no Rio de Janeiro, os Sul-mato-grossenses irmãos Mendes, contavam com apoio do Comando Vermelho para embarcar a droga em contêineres. Aparecido e Ronaldo seriam ligados a Jorge Teófilo Samudio Gonzalez, 51 anos, o "Samura", um dos principais líderes da facção no Paraguai.

Samura foi resgatado pela facção durante atentado a tiros que deixou um policial morto, em setembro de 2019, no Paraguai. Em abril de 2021, foi recapturado em Sinop (MT), onde estava escondido com apoio dos irmãos Mendes.

A PF cita várias provas da ligação entre eles. Até a casa de Aparecido no Jardim Terra Roxa, em Dourados, foi usada por Samura como endereço em cadastro do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).

Colchões made in Brasil

De acordo com informações repassadas pela PF à Justiça Federal, durante buscas ao barracão mantido pelos irmãos Mendes em Maricá, pelo menos cem colchões foram encontrados no local. Alguns continham placas de isopor com buracos para acondicionamento de tabletes de cocaína.

“No barracão, também foram encontradas máquinas de costura e retalhos, usados para refazer o acabamento após a cocaína ser colocada dentro dos colchões. As embalagens de colchões continham a inscrição ‘For Export’, indicando que o material era destinado à exportação”, apontou a PF.

Cocaína – Ainda no barracão, Localizado na Rua das Camélias, esquina com Rua das Margaridas, a Polícia Federal apreendeu 160 quilos de cocaína escondidos nos pneus de um caminhão que tinha saído de Mato Grosso do Sul.

O motorista do caminhão, o batedor da carga e uma pessoa que cuidava do barracão no momento em que os policiais chegaram foram presos em flagrante por tráfico.

Outros produtos apreendidos

Além da cocaína nos pneus, foram apreendidos no dia 08 de dezembro, pela Operação Sanctus, dinheiro em espécie, entre R$ 77 mil e 9 mil dólares; bem como 25 celulares, entre eles um iPhone com case de ouro 24 quilates Rolex Special Edition. E ainda uma, grande quantidade de documentos, mídias, joias e relógios de alto valor.

A PF também apreendeu 13 veículos de luxo, cinco veículos comuns, duas motocicletas, três caminhões, quatro tratores, um barco, um avião Embraer EMB 720, uma pistola, quatro espingardas, seis fuzis e cerca de 2.000 cabeças de gado na Fazenda Beira Rio, em Feliz Natal (MT).

O avião pertence a Aparecido Mendes e estava no hangar de um aeroporto particular em Dourados. Mendes segue preso no sistema penitenciário estadual, em Campo Grande.

Já Ronaldo Mendes Nunes escapou do cerco montado pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai e continua foragido.

Dados apurados pela PF revelam que naquele país, o brasileiro teria recebido proteção do deputado paraguaio Lalo Gómez.

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