12 de Agosto de 1983, data que será marcada para o resto da vida de milhares de mulheres em luta pelo direito a reforma agrária, educação, igualdade e direitos trabalhistas. Há 40 anos achavam que Margarida Maria Alves tombaria em solo em frente a sua casa, mal sabia eles que ela se tornaria ícone de uma das maiores marchas realizadas a nível mundial que acontece a cada 4 anos.
A 7ª marcha das Margaridas 2023, levou para as ruas de Brasília mulheres do Brasil e do Mundo no dia 16 de agosto, com a finalidade de construir visibilidade pública e conquistar reconhecimento social e político.
Mulheres do campo, da floresta e das águas de varias etnias, origens e lugares caminharam rumo a esplanada dos ministérios, onde se encontraram com o Presidente Lula e ministros, além de senadores, deputados, líderes sindicais e delegações estrangeiras.
Mas antes deste momento histórico na vida de brasileiros e brasileiras que ali estiveram pela primeira vez ou mais, no dia 15 de agosto, houve uma seria de programações especiais como; painéis, feiras, oficinas, atividades lúdicas, seminários, gira de conversas, e até tribunal das mulheres além da noite cultural e abertura oficial da marcha coordenada por Mazé Moraes, Secretaria Nacional de Mulheres da Contag.
Tendas de diversos seguimentos fizeram rodas de debates, palestras e encontros políticos partidários.
Com cores, luzes e muito brilho as mulheres dançavam, cantavam proclamando palavras de ordem como: "Margarida ainda vive" pelo pavilhão do parque da cidade, onde ficaram assentadas.
Mato Grosso do Sul
Mulheres de diversas etnias, seguimentos e movimentos sindicais rurais e das cidades, levaram para o planalto central, caravanas de diversos ônibus saindo de varias cidades do estado, para acompanhar as programações da marcha das margaridas. Mulheres de varias idades, crenças e ideais reunidas num só proposito, levar a carta de compromisso para o Presidente assinar.
Maior ação de mulheres da América latina levou para as ruas de Brasília a "adversidade" em defesa da democracia e da liberdade, pela reconstrução do País e o empoderamento feminino.
Em entrevista a redação, Thaisa Lucena secretaria geral da Contag, que coordena a região centro oeste na Marcha, destaca a importacia da mulher sul-matogrossense no cenario nacional. Thaisa fazendo uso das suas atribuições leu as reivindicações das mulheres ao Governo Federal, dentre elas; a defesa do fim da violencia contra as mulheres, a reconstrução das politicas publicas para o bem viver das mulheres do campo, da floresta e das aguas, promoção da igualdade de genero e etnicos-racial, dos direitos humanos, ambientais, culturais e urgencias sociais.
Jornalista Emerson Machado DRT/MS 1947