Abertura da 46ª edição do Jogos Escolares emociona no Guanandizão

Um show à parte com direito a pirotecnia no acendimento da tocha olímpica. Assim foi a abertura da 46ª edição do Jeres 2023, os jogos escolares da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande (REME), que aconteceu na noite de quarta-feira (31), no Ginásio do Guanandizão. A cerimônia contou ainda com a apresentação da Banda Marcial e do grupo de Jazz, da Escola Doutor Eduardo Olímpio Machado.

Alunos com idade entre 12 a 14 anos, de 89 escolas da Capital vão competir até 10 de julho em 12 modalidades esportivas, entre voleibol, basquetebol, handebol, futsal, ginástica rítmica, judô, tênis de mesa, badminton, atletismo, jogos de damas e xadrez.

A ansiedade dos adolescentes pelos jogos estava estampada nos rostos. Vitória Ramos, de 14 anos, pratica basquetebol na Escola Municipal Marina Couto Fortes há mais de um ano. Ela disse que, para o Jeres, os treinos foram intensificados. "A gente tem treinado duas vezes na semana e com o objetivo de levar o troféu para a escola e dar orgulho aos nossos pais".

Gustavo Maciel tem 14 anos e estuda na Escola Municipal José de Souza. O aluno do 9º ano pratica futsal e fala sobre os treinos. "A nossa equipe está na expectativa de disputar com outras escolas para a gente sair campeão".

Nove escolas da Reme oferecem aulas de capoeira e na abertura do Jeres, professores e alunos brindaram o público com uma apresentação espetacular. Quem participou foi Nícolas Cespede, de 7 anos. "Eu gosto de tudo na capoeira. Fiquei bem feliz em poder participar", contou. A mãe do aluno da Escola Municipal José de Souza, professora Renata Cespede, diz que o filho pratica capoeira desde os 3 anos. "Ele via na televisão e gostava, aí o matriculei, mas pagava particular. Agora, na escola dele tem as aulas com o mesmo professor de antes e ele faz e ama".

Dentre as modalidades de competição no Jeres está o judô. A mãe de Luca Kalebe e Nathan, a desenvolvedora de sistemas, Juliane Pereira, conta que os filhos praticam o esporte na Escola Municipal Juca Pirama de Almeida. "Os meninos fazem judô há quatro anos, mas, na escola, o projeto começou no início deste ano letivo. O Jeres é uma ótima iniciativa, porque eles se sentem privilegiados com o intercâmbio, a disputa com atletas de outras escolas, além da gente poder acompanhá-los de perto, é muito bonito de ver".

Quem também se derrete pelo filho e fica cheia de orgulho, é a assistente de call center, Mirian Benites de Souza. Gianluca, o filho, tem 13 anos e estuda na Escola Municipal Múcio Teixeira Júnior. "Eu acho muito legal os jogos escolares porque meu filho é bem tímido e quando ele participa das competições, sempre me conta que fez amizade, vejo que ele se desenvolve melhor. E é aquilo né? Esporte é vida, eu sempre o incentivo".

O Jeres é organizado pela Deac (Divisão de Esporte, Arte e Cultura) da Secretaria Municipal de Educação (Semed). Segundo o chefe da Divisão, Wilson Lands, pela primeira vez na história da REME, os projetos de Esporte, Arte e Cultura começaram junto com o ano letivo. "Eu só tenho a agradecer, principalmente à prefeita Adriane Lopes pelo olhar de carinho à educação".

A chefe do executivo citou três valores que são aprendidos no esporte. "Persistência, cooperação e respeito. Esporte é meio de inclusão e eu desejo que vocês, crianças e adolescentes, cresçam e sejam homens e mulheres valorosos nessa cidade, futuros prefeitos, prefeitas, líderes esportivos, que façam a diferença".

Segundo o secretário de Educação, Lucas Henrique Bitencourt, são 120 escolas atendidas com projetos de arte, cultura e esporte, somando 18 mil alunos. "Um sonho só é bom quando se torna realidade e é isso que vemos com o Jeres".

Os alunos vencedores recebem medalhas e as escolas ganham troféus. As escolas que mais tiverem vencedores serão premiadas com o troféu geral da competição.