Dengue tipo 3 gera preocupações com casos graves na divisa que atinge MS e SP

Após 15 anos, a dengue tipo 3 voltou a circular no Brasil, gerando preocupação com a possibilidade de uma epidemia e o agravamento dos casos confirmados. De acordo com o monitoramento do Ministério da Saúde, os casos dessa variante estão concentrados na região oeste de São Paulo e nas áreas de divisa com Mato Grosso do Sul. Desde o ano passado, as autoridades têm alertado sobre a reemergência da dengue tipo 3, uma vez que, devido à ausência de circulação por tantos anos, a maioria da população não possui imunidade. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) registrou 44 casos confirmados de dengue tipo 3 em Mato Grosso do Sul até este ano, um aumento de 20 casos em apenas uma semana.

Na cidade de Três Lagoas, que faz divisa com São Paulo, já foram confirmados 10 casos de dengue tipo 3, entre um total de 47 casos positivos de dengue em 2025.

Em nível nacional, o Brasil já contabiliza 226,4 mil casos prováveis de dengue e 100,5 mil casos confirmados, com 61 mortes registradas pela doença em 2025. A situação é especialmente crítica nos estados do Acre, São Paulo e Mato Grosso.

Em Mato Grosso do Sul, há 1,6 mil casos prováveis de dengue, com 554 casos confirmados, uma morte confirmada e dois óbitos em investigação. Um dos casos em investigação ocorre em Campo Grande, conforme informações da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau). A confirmação da morte depende de protocolos de investigação epidemiológica, que incluem exames laboratoriais e outros critérios clínicos.

A primeira vítima confirmada foi uma idosa de 76 anos, residente em Inocência, a 330 km de Campo Grande. Os sintomas começaram a se manifestar em 11 de janeiro, mas o óbito foi confirmado em 16 de janeiro devido à dengue tipo 2, e a paciente não apresentava comorbidades.