Pré-candidato a vereador é preso por romper a tornozeleira e ameaçar ex-esposa

Um pré-candidato a vereador na cidade de Bataguassu foi preso na terça-feira (30) ao romper a tornozeleira eletrônica que utilizava em razão de uma condenação por torturar e ameaçar a ex-esposa.

A Polícia Civil explicou que o sujeito, que se identifica pelo nome de "Profeta", estava sendo monitorado pelo equipamento há cerda de um mês, porém, rompeu e o retirou sem autorização para isso.

A violação aconteceu no dia 14 de julho, por volta das 20h04, e foi imediatamente comunicada pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário). Já no dia seguinte, o juiz Cezar Fidel Volpi determinou a prisão preventiva.

Entre as medidas cautelares impostas ao réu, além de ter que comparecer em juízo sempre que intimado e a cada dois meses para comprovar seu endereço, também estava proibido de sair de casa das 21h às 5h e até mesmo de frequentar bares e similares.

"Compulsando os autos, verifica-se que o investigado, mesmo ciente das consequências, optou por descumprir as medidas cautelares impostas, eis que rompeu o equipamento eletrônico a fim de impedir o devido monitoramento", pontuou o juiz.

Na terça-feira, ele foi alvo de um mandado de prisão preventiva cumprido pela Polícia Civil na casa dele. A defesa já entrou com pedido de revogação, alegando que tudo não passou de um mau entendido e que o rapaz somente rompeu para evitar a dor na perna.

A vítima, sua ex-esposa, chegou a registrar no dia 20 de maio deste ano que o autor esteve na sua casa mesmo com a medida protetiva imposta pela Justiça, ainda em 2023. O Profeta fez ameaças religiosas contra ela.

Na sua versão, o homem afirmou que, caso não o deixasse entrar, perderia a guarda dos filhos. Com a negativa, ele tentou arrombar as janelas e portas dizendo que Deus castigaria a jovem e que os filhos dela estariam doentes por "castigo divino".

Antes da denúncia do mês passado, ele já tinha ao menos sete autuações, sendo quatro delas por ameaça, duas por injúria e uma por violação de domicílio. Em dezembro do ano passado, chegou a ser presa por quebra de medida protetiva.

A medida protetiva foi concedida pela Justiça, depois que a mulher terminou o relacionamento e passou a ser perseguida e ameaçada pelo rapaz. No entanto, três dias depois ele foi solto em audiência de custódia.