Após quase cinco anos de apontado crime de estupro, um sargento do Exército Brasileiro, Rondineli Carvalho Nogueira, 48 anos, foi preso por policiais civis nesta segunda-feira, 1º de julho, na cidade de Bela Vista, extremo sul de Mato Grosso do Sul, a 324 km de Campo Grande. A prisão, que ocorreu na casa do militar, foi determinada pela Justiça após ele ser condenado a 16 anos de prisão em regime fechado pela acusação de estuprar uma mulher em 2019.
Em nota, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul informou que o sargento estava afastado das funções e foi localizado em sua residência em Bela Vista. Ele foi conduzido à Delegacia de Polícia e posteriormente encaminhado ao Exército Brasileiro, para cumprimento da pena.
O crime pelo qual Rondineli foi condenado ocorreu em novembro de 2019, em cidade fora de MS, chamada Rio Negro-PR. Há uma cidade de mesmo nome em MS, mas a do militar, é paranaense, na divisa do Paraná com Santa Catarina, ao lado de Mafra.
Conforme processo judicial, a então vítima fazia serviços domésticos na casa do sargento em Rio Negro. Na manhã de 17 de novembro de 2019, ela pediu socorro a uma moradora do distrito de Roseira, a 8 km do centro de Rio Negro. A mulher estava em estado de choque, nua e com ferimentos no corpo.
Antes do estupro, outros crimes e envolvidos
Sendo chamada, a Polícia Militar mandou equipe ao local e a vítima contou que tinha sido mantida em cárcere privado na casa do sargento do Exército de quinta-feira até domingo. Nesse tempo, afirmou que foi agredida e sofreu abusos sexuais praticados pelo militar, pela mulher dele e por outro homem.
A vítima foi levada para o hospital e os militares se deslocaram até a casa onde ocorreram os crimes, mas o imóvel estava fechado. Vizinhos confirmaram que um militar do Exército morava no endereço e que havia deixado o local minutos antes da chegada dos PMs.
O caso foi relatado ao Exército brasileiro e Rondineli Carvalho Nogueira passou a responder pelas denúncias. Nos anos seguintes, ele esteve lotado em bases do Exército em Mato Grosso do Sul e atualmente estava afastado das funções.
A reportagem procurou o CMO (Comando Militar do Oeste), mas até agora a instituição não se manifestou sobre a prisão.