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Câmara aprova regras menos rígidas para plantação de eucalipto

Por Panoramams em 09/05/2024 às 13:25:21

Foto: Mogi News

O plenĂĄrio da Câmara dos Deputados aprovou, nessa quarta-feira (8), projeto de lei que exclui a silvicultura da lista de atividades consideradas potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais. O texto altera a PolĂ­tica Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/1981) e segue para sanção presidencial.

A aprovação em plenĂĄrio ocorreu horas após o tema passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Entre outras definições, a silvicultura compreende o cultivo de florestas plantadas para fins comerciais, como a produção de eucaliptos, pinus e mognos.

DivergĂȘncia

O projeto gerou divergĂȘncia entre grupos do agronegócio e ambientalistas porque ele permite dispensar o licenciamento ambiental prévio para atividades da silvicultura. De acordo com o artigo 10Âș da Lei 6.938, que instituiu a PolĂ­tica Nacional de Meio Ambiente, tal licenciamento é exigido de negócios "utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores".

Ao excluir a silvicultura da lista de atividades potencialmente poluidoras, o texto permite dispensar o licenciamento ambiental de produções em larga escala de culturas como o eucalipto e o pinus, usados na fabricação de papel, celulose e madeira.

"Onde estĂĄ o eucalipto é o chamado de deserto verde. Ali não prolifera nenhuma planta, nenhum animal, absorve uma quantidade excessiva de ĂĄgua", disse Patrus Ananias (PT-MG). Para ele, o plantio do eucalipto deve estar conciliado com o equilĂ­brio ambiental.

Segundo o deputado Domingos SĂĄvio (PL-MG) ser contra a silvicultura é ser contra o plantio de florestas. "VocĂȘ precisa de madeira, ela faz parte da vida das pessoas. A madeira da silvicultura evita o desmatamento e ajuda a diminuir o aquecimento global", disse ele, durante a sessão de votação.

*com informações da AgĂȘncia Câmara de NotĂ­cias

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