UEMS TECH

Sucessione em 2ª fase contra o jogo do bicho faz mais 12 presos em CG

O MPE-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) por meio de seu Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou na manhã desta quarta-feira (20), a 2ª fase da Operação Successione.

Por Panoramams em 20/12/2023 às 12:50:27

Foto: Reprodução internet

O MPE-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) por meio de seu Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou na manhã desta quarta-feira (20), a 2ÂȘ fase da Operação Successione. Hoje, já foram ou estão sendo cumpridos 16 mandados de prisão preventiva, e, de busca e apreensão, em diversas regiões de Campo Grande.

Gaeco deflagra operação contra o jogo do bicho em Campo Grande

A principio, 12 pessoas já foram presas, mas nomes dos envolvidos não foram divulgados. Segundo o Gaeco, a partir do material apreendido durante a Operação Sucessione, deflagrada em 5 de dezembro de 2023,  foi possível identificar o envolvimento de várias outras pessoas na organização criminosa.

De acordo com o Gaeco, a organização criminosa agia de maneira violenta para estabelecer seu domínio, mesmo depois da ação em outubro de 2023, quando 700 máquinas do jogo do bicho foram apreendidas em um QG, no bairro Monte Castelo.

Segundo as investigações, a organização é integrada por policiais militares da reserva e de um ex-policial militar, que se valiam de sua condição, especialmente do porte de arma de fogo, como forma de subjugar a exploração do jogo ilegal aos mandos e desmandos da organização criminosa, tudo para tornar Campo Grande novo território sob seu comando.

"Segundo levantamentos, a organização criminosa, que age de maneira violenta para estabelecer seu domínio, mesmo depois da ação policial ocorrida em outubro de 2023, continuou a investir na aquisição de máquinas para operar o jogo do bicho nesta Capital. A organização é integrada por policiais militares da reserva e de 1 (um) ex-policial militar (excluído dos quadros da corporação), que se valiam de sua condição, especialmente do porte de arma de fogo, como forma de subjugar a exploração do jogo ilegal aos mandos e desmandos da organização criminosa, tudo para tornar Campo Grande novo território sob seu comando", diz nota do Ministério Público.

!5 já denunciados

Ainda segundo o Gaeco, 15 pessoas, todas denunciadas no final da tarde de ontem, cada qual a sua maneira, integravam organização criminosa armada, estruturalmente ordenada e com divisão de tarefas, voltada à exploração ilegal do jogo do bicho, roubos triplamente majorados, corrupção, entre outros crimes graves.

Na primeira fase da operação, no dia 5 de dezembro, foram cumpridos 10 mandados de prisão temporária e 13 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande/MS e Ponta Porã/MS.

Entre os alvos, o deputado Neno Razuk, quatro assessores parlamentares (entre os quais dois são policiais militares da reserva) e outras oito pessoas vinculadas à organização criminosa.

O nome da operação faz alusão à atual disputa pelo controle do "jogo do bicho" em Campo Grande, com a chegada de novos grupos criminosos que migraram para a Capital após a "Operação Omertà".

STJ nega pedido de liberdade de 3 presos

O STJ (Superior Tribunal de Justiça), negou nesta terça-feira (19), o pedido de liberdade de três presos na Operação Sucessione, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), no dia 5 deste mês. 

O pedido de liberdade foi negado a Diego Souza Nunes, um dos assessores do deputado estadual Neno Razuk, que também foi alvo da operação com mandados de busca e apreensão cumpridos na casa do parlamentar, no residencial de luxo Damha.

Também foi negada a liberdade para o sargento Manoel José Ribeiro, conhecido como ' Manelão', e para Valmir Queiroz Martinelli que seria o responsável pela aquisição das máquinas do jogo do bicho que foram encontradas na casa, no Monte Castelo.

Na deflagração da operação foram cumpridos 10 mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão. Os mandados de prisão foram cumpridos em Campo Grande e Ponta Porã. 

Primeira fase

As investigações que deram origem a operação Sucessione contra o jogo do bicho, deflagrada pelo Gaeco, no dia 5 deste mês, em Campo Grande, descobriram que a organização criminosa estava inserida nos órgãos de segurança pública de Mato Grosso do Sul.  Investigação confirmou denúncia de servidores que vincularam ‘guerra do jogo do bicho’ com contravenção na Sejusp.

O deputado Neno Razuk (PL) foi alvo da operação que cumpriu contra ela um mandado de busca e apreensão. Quatro assessores do deputado foram presos. 

O empresário José Eduardo Abdulahad foi alvo de mandado de prisão nesta terça-feira (5). Ele não foi encontrado até o momento e poderá ter o próprio filho como advogado de defesa. Rhiad Abdulahad já atua na defesa do deputado estadual e assessores parlamentares.

Segundo as investigações, a organização criminosa era responsável por diversos roubos praticados em plena luz do dia e na presença de outras pessoas, em Campo Grande, na disputa pelo monopólio do jogo do bicho local.

As investigações constataram, ainda, que a organização criminosa tem ‘grave penetração’ nos órgãos de segurança pública e conta com policiais para o desempenho de suas atividades, revelando-se, portanto, dotada de especial periculosidade.

Comunicar erro
Rebanho

ComentĂĄrios

compushop