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Família Acolhedora reformula espaço físico para receber crianças e famílias de forma lúdica e humanizada

Por Panoramams em 03/02/2023 às 11:39:24

O serviço Família Acolhedora, responsável por selecionar, cadastrar e capacitar famílias acolhedoras, visando oferecer proteção integral em residência, para crianças e adolescentes que foram afastados do vínculo familiar e estão com medida protetiva decretada pelo Judiciário até que seja possível a reintegração familiar ou adoção, teve seu espaço físico reformulado para atender as crianças e as famílias de origem para visitação.

Conforme a Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS), que gerencia o programa, o espaço foi adaptado e conta agora com o cantinho para receber as crianças e as famílias de origem para visitação. O ambiente amplo, colorido e cheio de brinquedos trouxe aconchego e alegria para o novo espaço.

Previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e incluído na Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, o Serviço Família Acolhedora teve seu primeiro acolhimento em Campo Grande em 2018 e após a sua criação o serviço sempre permaneceu ativo e crescendo. Durante 5 anos, 48 crianças e adolescentes já foram amparados por famílias acolhedoras.

Segundo a assistente social Maristani Fraiberg, que atua no “Família Acolhedora”, o novo espaço foi solicitado pela equipe técnica para obedecer a legislação adequada para receber as famílias e poder trabalhar com as crianças uma escuta especializada, oferecendo um atendimento qualificado para os acolhidos e família.

“Nós estamos muito felizes. Promover um espaço lúdico para as crianças e adolescentes é muito importante para a interação com suas famílias. O nosso objetivo é que os acolhidos sejam reintegrados ao núcleo familiar, aqui os vínculos são fortalecidos e esse espaço alegre e acolhedor foge do ambiente em que eles foram fragilizados”, explicou.

Maristani ponderou ainda que após a legislação, o serviço Família Acolhedora vem se destacando na atuação. “Nós temos um olhar de amor por esse serviço, temos muito carinho. O serviço expandiu com essa gestão, quando o Família Acolhedora começou a ser vista com outros olhos, nós só temos a agradecer”, finalizou.

As visitas da família de origem acontecem uma vez por semana, com duração de uma hora. Os pais, avós, irmãos, tios têm a oportunidade de amenizar a saudade e fortalecer o vínculo com o menor afastado. Atualmente Campo Grande tem cinco menores acolhidos pelo serviço.

Avó de um bebê de 6 meses, Ana Fábia dos Anjos, faz as visitas juntamente com a sua família todas às sextas-feiras. Ela pontuou a importância da visita para a reintegração familiar e o fortalecimento de vínculo. “Só tenho a agradecer porque meu neto está bem, ele nasceu cheio de problemas e hoje está muito bem cuidado. Quando estou aqui quero aproveitar cada segundo, e quando vou embora fico com o coração apertado e ansiosa para chegar logo a próxima semana para ter esse tempo com ele”, disse a avó.

Além do cuidado e proteção, o serviço Família Acolhedora, contribui para a superação e restauração afetiva das crianças e adolescentes que por algum motivo foram afastados do lar de origem, resgatando o aconchego e o carinho de um lar.

Mãe de duas menores de 9 e 11 anos, Daiane Alves, ressaltou a importância das visitas em um ambiente acolhedor, e fala ainda do cuidado e atenção oferecidos às filhas, sobretudo a menina de 9 anos, que requer um cuidado especial pelo falto de ser surda. “A gente fica mais tranquila em saber que elas estão em um lar, e estão sendo bem cuidadas. É visível o desenvolvimento delas nesses dois meses de acolhimento, principalmente da menorzinha. Nós esperamos que elas voltem logo para casa, enquanto isso não acontece estamos aqui toda semana, não faltamos nenhuma visita e agradecemos por esse espaço que a SAS nos oferece”, pontuou a mãe.

Saiba Mais

As famílias acolhedoras são pessoas da comunidade, habilitadas e acompanhadas pela equipe técnica de assistência social, psicólogos e o Poder Judiciário, recebendo a guarda provisória do acolhido com o dever de garantir suas necessidades básicas, como escola, cuidados médicos, alimentação, vestuário e lazer.

Para participar do serviço é preciso ter idade entre 21 e 60 anos, não ter a intenção de adoção, a criança ou adolescente podem ser acolhidos até os 18 meses. Além disso, independentemente da condição econômica, a família tem a garantia de recebimento de bolsa auxílio no valor de um salário-mínimo por acolhido durante o período de acolhimento.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (67) 99668-1448.

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